sexta-feira, 15 de junho de 2012

A saúde e o plástico

Por Luiza

O plástico, material muito presente no cotidiano atual, é produzido a partir de várias reações químicas. Essas reações podem acontecer de formas diferentes e com substâncias diferentes, existindo então, diversos tipos de plásticos.Como existe o plástico verde, feito do bagaço da cana-de-açúcar e totalmente sustentável, também existem outros plásticos feitos com substâncias tóxicas, que fazem mal ao nosso organismo e ao meio ambiente. Exemplos comuns são o Bisfenol A, os Ftalatos e os Alquilfenóis. Aplicados em diversos materiais, desde CD's e DVD's até em mangueiras que administram líquidos intravenosos em hospitais, estes compostos são muito utilizados sem muitas restrições.Pesquisas feitas nos EUA mostram que plásticos feitos com essas substâncias, sob determinadas condições de temperatura, as liberam no ambiente. Foram encontrados resíduos de Ftalatos no leite materno de uma mãe e seus filhos tiveram alterações nos hormônios sexuais. Além disso, tanto o Bisfenol A quanto os Alquilfenóis estimulam a multiplicação de células cancerígenas.A escolha dos materiais para a produção do plástico, para os empresários, depende mais do fator econômico do que da toxidade dos compostos escolhidos, uma vez que Bisfenol A, Ftalatos e Alquilfenois são mais baratos. Apesar de existirem alternativas mais saudáveis para as pessoas, como o plástico verde, essas alternativas não são exploradas pelo seu alto custo. O papel governamental deveria ser o de implantar restrições e proibições, além de fiscalizar a fabricação desses materiais, estimulando a produção em massa do plástico verde e barateando seu custo.Percebe-se então que apesar da existência de alternativas melhores para a saúde da população, elas não são aplicadas pelo alto interesse econômico envolvido, associado ao governo. Pois se as pessoas estão doentes, elas compram remédios, se estão com câncer, fazem tratamentos caríssimos, mas se a população têm saúde não haverá tanto dinheiro girando nessa área. Já que a imprensa não vai divulgar muito essas substâncias tóxicas presentes no plástico, não será uma informação acessível a população, logo, não ocorreram manifestações e a atitude governamental não mudará, já que ninguém está incomodado.
Matéria original em PDF no site: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/292

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