terça-feira, 17 de abril de 2012

"Direitos quase humanos" para animais



          Um grupo de cinco orcas processou o parque norte americano Sea World por mantê-las em cativeiro e obrigá-las a fazer apresentações diárias. Uma ONG representou os cetáceos - grupo de mamíferos marinhos que inclui baleias e golfinhos - e embora o juiz não tenha levado o caso adiante é a primeira vez que o tribunal federal americano analisou uma ação desse tipo. É cada vez maior a quantidade de cientistas americanos que defendem que esse animais são especiais. Em 2010 em um congresso em Helsinki, Finlândia, foram decididos os argumentos principais para esse grupo seleto precisar de "direitos próprios" semelhantes aos direitos dos humanos. Tomas White, especialista em ética na Universidade Loyola Marymount nos EUA, e um grupo de cientistas percorrem o mundo tentando alcançar mais adeptos à causa. 
         Os cientistas se apoiam em pesquisas que demonstram a eficácia dos cetáceos e destacam os principais pontos para tal movimento:

Individualidade: segundo os cientistas os golinhos são tão desenvolvidos que deveriam ser considerados "sobre humanos" e ter direito à vida e liberdade em documento.
-Compreensão: os cetáceos podem ser treinados para entender palavras e comandos.
-Percepção: os golfinhos conseguem identificar seu reflexo no espelho, poucos animais conseguem, nem mesmo os cachorros.
-Uso de ferramentas: podem manusear instrumentos que facilitam suas vidas como levar esponjas em seus  bicos para vasculhar a areia do fundo do mar.
 Eles ainda têm um cérebro grande e complexo, com capacidade de raciocínio e são solidários: conseguem identificar indivíduos doentes no grupo e socorrê-los

        Tomas White e seus companheiros estão otimistas em relação ao projeto mas, críticas não faltam. A questão é: num mundo com 7 bilhões de pessoas atingidas pela fome, guerras e doenças, vale a pena se preocupar com direitos específicos de animais? Lori Marino, cientista da universidade Emory justifica: "Algumas pessoas podem se perguntar se isso nos levará a uma sociedade em que pisar numa formiga será crime e poderá levar alguém para a cadeia. Não é assim. O que queremos é que os direitos básicos desses animais sejam compatíveis com as suas necessidades".

        Se a lei fosse ratificada internacionalmente, o funcionamento de parques como Sea World estaria comprometido e a caça as baleias e a captura acidental de golfinhos teriam punição federal.

Daniele
Informações e reportagem oficial: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1063254-cientistas-querem-que-golfinhos-tenham-direitos-humanos.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário