Cão volta a andar com transplante de célula de focinho

Cientista da Universidade de Cambridge conseguiram reverter a paralisia em cachorros, após injetar células retiradas do focinho dos animais, com o objetivo de recuperar os movimentos nas paras traseiras.
De acordo com os pesquisadores, pelas primeira vez, o transplante desse tipo de célula em uma medula muito lesionada pode trazer melhoras significativas e abre novas possibilidades.Essa técnica pode vir a ser usada para recuperar parte dos movimentos em pacientes humanos com lesões na medula vertebral.
A pesquisa é a primeira a testar transplantes em animais com lesões sofridas na vida real, ao invés de usar cobaias de laboratório.Cientistas retiraram amostras de células olfativas do focinho dos cães e as cultivaram em laboratório durante várias semanas.
Os 34 cachorros que participaram da pesquisa haviam sofrido lesões na coluna que os impediam de usar as patas traseiras.
Em 23 dos cães foram injetadas células olfativas na coluna e nos outros 11 foi usada uma solução aquosa neutra, sem nenhum efeito, para ser usado como comparação.
Muitos dos cachorros que receberam o transplante de células apresentaram melhoras e voltaram a andar, já o resto dos 11 cães, não apresentou nenhum movimento nas patas traseiras.
Entre os cães com história de sucesso está Jasper, um basset, de dez anos de idade, que em seis meses após a injeção de células olfativas na medula, consegue andar.
Porque o nariz?
Após chegar a idade adulta, o nariz é a única parte do corpo em que terminações nervosas continuam a crescer.
As células foram retiradas da parte posterior da fossa nasal e são células especiais que rodeiam os neurônios receptores que nos permitem sentir cheiros e convergir estes sinais para o cérebro.
Cientistas dizem que as células transplantadas regeneram fibras na região lesionada da medula onde possibilitou que cachorros voltassem a andar.
Em humanos, o procedimento poderia ser usado em combinação com outras drogas para promover a regeneração da fibra nervosa e substituir tecidos lesionados, sendo vital para pacientes com lesões na medula, que perderam funções sexuais e o controle da bexiga e do intestino segundo pesquisadores.

Por: Marina
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