Telômeros: são estruturas encontradas no final de todos os cromossomos, que impedem a degeneração dos genes localizados nas pontas do DNA. Eles funcionam de modo parecido com as proteções de plástico nos cadarços.
Acrocephalus sechellensis
A
pesquisa durou vinte anos e é a primeira a medir os telômeros nas células de
uma população de animais selvagens. Os pesquisadores descobriram que cada
animal apresenta uma taxa diferente de redução da estrutura. E que os telômeros
menores, independentemente da idade estão associados a aumento no risco de
morte.
Segundo
o pesquisador David Richardson, "Ao longo do tempo e da divisão celular,
esses telômeros começam a se quebrar e a se tornar menores. Quando eles atingem
um tamanho pequeno demais, fazem com que as células onde estão alojados parem de
funcionar".
Apesar
de o tamanho dos telômeros diminuir com idade, ele tem uma taxa de redução
diferente em cada indivíduo. "Seu tamanho pode ser usado como medida da
quantidade do dano que um animal acumulou. Ele pode ser um indicador melhor da
expectativa de vida do que a idade cronológica, pois é capaz de registrar o quanto
de seu tempo de vida o indivíduo já gastou", diz o pesquisador.
Essas
estruturas são atacadas pela oxidação, e o número dessas reações químicas varia
conforme a história de vida de cada um. "Nos humanos, atos como fumar, se
alimentar de comidas que não são saudáveis ou colocar o corpo sob extremo
estresse físico e mental têm o efeito de diminuir os telômeros", diz
Richardson.
Telômeros |
O acúmulo dessas células desgastadas dentro de um mesmo tecido pode
resultar na falha de um órgão e, consequentemente, na morte.
No
entanto, os pesquisadores ainda não sabem dizer se a longevidade depende
diretamente dos telômeros ou se os telômeros mais curtos são apenas sinais de
outros fatores que determinam a mortalidade.
Por: Letícia
Notícia original: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/tamanho-de-estrutura-no-dna-pode-prever-expectativa-de-vida-de-animais-selvagens
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