domingo, 25 de novembro de 2012

Tamanho de estrutura no DNA pode prever expectativa de vida de animais selvagens

     A análise de estruturas presentes no DNA de um animal pode ajudar a prever sua expectativa de vida. Pesquisadores da Universidade da Anglia Oriental estudaram o tamanho do telômero presente nos cromossomos de 204 pássaros selvagens da espécie Acrocephalus sechellensis.

    Telômeros: são estruturas encontradas no final de todos os cromossomos, que impedem a degeneração dos genes localizados nas pontas do DNA. Eles funcionam de modo parecido com as proteções de plástico nos cadarços.

 pássaro  Acrocephalus sechellensis

      A pesquisa durou vinte anos e é a primeira a medir os telômeros nas células de uma população de animais selvagens. Os pesquisadores descobriram que cada animal apresenta uma taxa diferente de redução da estrutura. E que os telômeros menores, independentemente da idade estão associados a aumento no risco de morte.
     
    Segundo o pesquisador David Richardson, "Ao longo do tempo e da divisão celular, esses telômeros começam a se quebrar e a se tornar menores. Quando eles atingem um tamanho pequeno demais, fazem com que as células onde estão alojados parem de funcionar".


     Apesar de o tamanho dos telômeros diminuir com idade, ele tem uma taxa de redução diferente em cada indivíduo. "Seu tamanho pode ser usado como medida da quantidade do dano que um animal acumulou. Ele pode ser um indicador melhor da expectativa de vida do que a idade cronológica, pois é capaz de registrar o quanto de seu tempo de vida o indivíduo já gastou", diz o pesquisador.
     
    Essas estruturas são atacadas pela oxidação, e o número dessas reações químicas varia conforme a história de vida de cada um. "Nos humanos, atos como fumar, se alimentar de comidas que não são saudáveis ou colocar o corpo sob extremo estresse físico e mental têm o efeito de diminuir os telômeros", diz Richardson.

Telômeros

    O acúmulo dessas células desgastadas dentro de um mesmo tecido pode resultar na falha de um órgão e, consequentemente, na morte.
 
    No entanto, os pesquisadores ainda não sabem dizer se a longevidade depende diretamente dos telômeros ou se os telômeros mais curtos são apenas sinais de outros fatores que determinam a mortalidade.

Por: Letícia

    

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